quinta-feira, 18 de junho de 2009

Seize the day!!!

"... Pensei que iria morrer, sério! Não é como em aqueles filmes de terror em que o sangue é a coisa mais abundante na maioria das cenas. Minha pseudo-morte foi muito mais calma, discreta, até mesmo imperceptível para alguém que não fosse eu mesma. Eu podia sentir todo aquele cheiro senil - sim, eu entendo que pessoas idosas tem um cheiro muito peculiar -, e era como se a simples presença dele a meu lado sugasse minha força aos poucos. Eu já deveria ter notado, claro, depois daquela entrada vampiresca ao ônibus urbano em que eu me encontrava. E porque sentar a meu lado se diversos assentos estavam vagos?! A intenção era óbvia: ele me queria; a minha vitalidade! O tocar do casaco de couro tocou o meu casaco lilás - aqueles casacos com um "frufru" acoplado no capuz;um luxo -; pude sentir pelo simples roçar do tecido quando ele se sentou, e foi como se eu estivesse levando um choque de uma baixa voltagem. Eu estremeci. Durante toda a 'viagem' de volta para casa, parecia que eu estava perdendo minhas forças,mas não era de uma forma vagarosa ou comum, como aquele sono que sempre salientava-se quando o término da aula era anunciado; era algo voraz, como se ele tivesse pressa de ter em seu corpo toda a minha vida! Eu senti medo - não havia outra palavra para descrever a sensação! -; medo de virar meu rosto e encarar a feição acabada daquele homem que mexia comigo. O 'Eu não quero lembrar que te esqueci' que era cantado nos meus ouvidos através do fone de ouvido pelo Lucas do Fresno e o qual eu propositalmente sempre cantava errado, parecia esvair-se através do rápido rodar das rodas do ônibus e o passar da paisagem do lado de fora da janela deste. Mas eu queria lembrar... lembrar de não desmaiar, por mais fraco que meu corpo se apresentasse. Quando o ponto em que eu deveria descer se aproximou, eu ousadamente virei meus olhos apáticos na direção dos azulados dele. Ele me olhava! E junto ao olhar senti como se um soco tivesse acertado meu peito em cheio, bem sobre onde deveria estar o meu estômago. Fiquei sem ar, pisquei, e quando novamente abri os olhos, ele já não estava mais lá, eu estava me recuperando aos poucos e o Lucas já cantava seus últimos versos em seu ouvido: um 'vou te esquecer' tão amoroso que quase me fez perder o ponto. Ainda extasiada, ergui-me em um salto e saí do ônibus; a lembrança do senhor de olhos azuis para quem doei minha força vital durante alguns segundos nunca mais me abandonou. De certa, devo pensar que isso é uma coisa boa... uma boa ação. Quando se tem poderes demais, é impossível não se deparar com uma ou outra alma enfurecida por aí. Não como o senhor que se sentara a meu lado. Não... Ele já existiu um dia; hoje, ele é apenas mais uma das pobres almas a quem ajudei. Assustador, mas também, excitante!!!" - Instinto: as sensações de uma solidão acompanhada (by me)


~ Estou pensando em mais uma vez escrever um livro. Mas dessa vez, também quero terminá-lo. Metas e mais metas...é incrível!
Ah... Final de período na faculdade é algo tão tenso, mas tãããão tenso que eu fico com febre, dor de cabeça, dor de estômago... e o pior de tudo, é que eu acho isso normal. Acabei de apresentar um trabalho aqui na faculdade e ainda estou tremendo e um pouco sem ar depois de toda essa adrenalina. Quem diria...

Enfim... essas descobertas me deixam cada vez mais sedenta. Eu gosto!
Um beijo carinhoso de quem anuncia sua volta,

Cah Shinigami!

Um comentário:

- Gaby Zangarini; disse...

Demorou pra montar um livro e-e-'-