sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bom dia!!!
Muita gente tem começado a ler o que eu escrevo aqui e eu realmente tenho ficado feliz com isso!
Na verdade, até fiquei sem graça hoje quando, no elevador da faculdade, dois amigos meus contaram à professora de microbiologia que eu estava pretendendo escrever um livro e ainda a instigaram a ler. No final da aula, quase morri quando ela me disse que queria ler. Ai que vergonha!!!
Mas, apesar de tudo, obrigada, de coração, pelos comentários tanto aqui, no messenger ou pessoalmente; é isso que me faz continuar a escrever, ainda que não considere muito boas minhas palavras. Ah, isso também me fez querer dar uma nova cara para o blog. Espero que tenham gostado do banner, modelo, endereço e tudo mais. Eu realmente amo preto, não me batam. rs
Uma dica para quem está começando a ler minha "historinha" agora: inicie sua leitura pelo post do dia 18 de juho ou ficará um pouco perdido. rs.
É isso, e espero que gostem do meu post de hoje - a continuação da cena entre Selene e o estranho que provavelmente lhe raptara. Acho que hoje exagerei; comecei a escrever no intervalo da faculdade, continuei quando cheguei em casa e terminei agora, antes de ir para o estágio no IBAMA. rs.
Se quiser dar alguma sugestão ou simplesmente conversar, sinta-se à vontade para me adicionar no orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=3298212416059803713
Beijo, beijo! =*


"(....)
Encolhi-me delicadamente sobre a cama enquanto eu o via se aproximar de mim. Não seria considerado rude um estranho aproximar-se tanto assim de uma garota indefesa e ainda mais tendo em suas mãos uma faca? Aonde foram parar as regras de etiqueta que toda pessoa, no mínimo, deveria aprender desde criança? Deixei que um soluço abafado escapasse por entre meus lábios ressecados quando ele finalmente parou e ficou me observando com uma feição curiosa. A faca estava segura em sua mão de uma forma desleixada - frouxa - , como se ele realmente não tivesse a intenção de me machucar com ela. Estaria ele ponderando se devia ou não fazer mal a uma garota tão indefesa como eu? O pensamento me aliviou pelo que durou menos de um segundo, quando eu novamente pude ouvir a voz do estranho, que direcionava a mão até minha fronte, tocando-a. Estranhamente - talvez por medo , não me movi.  A sensação não fora a que eu estivera esperando desde o momento que acordei. A mão - que deveria ser rude e pesada-, ao tocar-me a fronte, deslizou delicadamente por minha face, afastando-se quando enfim chegou na direção do meu queixo. Para meu espanto, a breve 'carícia' me acalmou e eu finalmente pude respirar de forma regular. A mão era delicada, mesmo para um homem, e seu toque não parecia ter sequer a intenção de me agredir, e sim, confortar.

- Não está com febre. Tem certeza que está bem?

A voz novamente me surpreendeu - ele não deveria ter uma voz grossa e máscula juntamente à mão pesada? 
Algo naquela pessoa me dizia que ele não devia ser uma pessoa má, embora supostamente tivesse me sequestrado. Sem ao menos esperar uma resposta minha - e talvez por notar-me perdida em pensamentos -, o estranho permitiu-se alguns passos em direção à uma pequena janela e afastou a cortina desta, deixando que a claridade invadisse o cúbiculo, o qual, provavelmente, chamaria de quarto. A claridade estranhamente feriu meus olhos e somente conseguir abri-los após alguns poucos segundos. Ao que meus orbes castanhos fitaram o estranho, agora, na claridade, senti-me como se realmente o estivesse vendo então. Seu rosto era fino e seus cabelos de um loiro escuro, curto e ligeiramente encaracolados - combinava perfeitamente com sua estrutura óssea, pelo visto. Os olhos castanho-esverdeados me encaravam enquanto eu agora avaliava suas roupas. Vestia uma calça jeans surrada, um tênis que eu reconheci ser da marca 'all star' e a camisa branca suja de sangue, a qual finalmente me dispertou de meu momento de reconhecimento irreconhecido. Eu nunca o vira em toda a minha vida, entretanto, me sentia familiarizada com ele, com a faca em sua mão, o sangue em sua camisa e até mesmo com o cubículo onde eu estava presa. Imaginei que o deveria estar encarando muito, porque fora preciso que ele pigarreasse para que finalmente me fizesse olhá-lo nos olhos e dar-lhe a resposta que ele parecia tanto esperar.

- Eu não sei. Quem é você? Onde eu estou? O que você quer de mim?

Se não me parecesse tão incorreto, poderia jurar que o rapaz havia sorrido para mim antes de dar-me as costas sem uma resposta para nenhuma de minhas perguntas. Observei-o sair por uma porta e após menos de um minuto, voltar pela mesma, trazendo uma garrafa de água na mão. Não precisei de muito para identificar o que ele fora fazer, além de pegar a água. Agora ele vestia uma camiseta simplória, de um verde muito desbotado - e ainda sim ele continuava bonito. A faca não estava mais em sua mão. Será que ele já havia se certificado de minha sanidade mental e que não precisaria de uma faca, uma vez que eu não seria louca de tentar nada contra ele? Com um sorriso torto nos lábios, o rapaz novamente andou em minha direção e, sem cerimônia, sentou-se na beirada da cama, entregando-me a garrafa de água. Me encolhi na cama com o simples gesto dele e ele pareceu achar graça disso, permitindo-se gargalhar enquanto questionava-me, incrédulo:

- Ora, vamos! Como se eu fosse realmente fazer algo contra você!

Seu tom era amistoso, como se o que dissera fosse algo tão óbvio que lhe daria o direito de ficar com raiva caso eu não concordasse. Inclinei a cabeça para a esquerda antes de enfim estender minha mão em direção à garrafa e após tê-la em meu poder, abri-la e tomar um grande gole. Não havia me dado conta de como estava com sede até acabar com toda a água e finalmente estalar meus lábios não mais ressecados. Novamente pude ouvir uma gutural risada vinda da beirada da minha cama e me virei para olhá-lo, timidamente. 

- É normal sentir sede após desmaiar. Aliás, você é uma gracinha quando está desacordada, sabia?

- E como é que eu saberia algo assim?!

Se eu fosse um animal, provavelmente teria rugido junto à minha resposta. Senti que meu tom rude o havia surpreendido - não positivamente, mas de uma forma ruim pois ele ergueu-se de imediato da cama apenas estendendo a mão à garrafa vazia e tomando-a para si enquanto dirigia-se à janela com passos silenciosos, apenas me olhando por cima do ombro comentando - para minha surpresa -, com uma ironia não tão longe de uma simpatia.
- Ei ei ei, não precisa me morder, leãozinho! 
- Leãozinho...?!

Senti minha sobrancelha esquerda se arquear quando meu tom rude novamente se fazia presente, interrogando-o. Ele mais uma vez riu, parecendo não se ofender com meu tom indevido e simplesmente se aproximou de mim, tocando-me os cabelos sem a menor hesitação, afagando-os como se os alisasse, tentando abaixar um volume que não deveria estar ali.

- É. Você meche tanto enquanto está dormindo que seu cabelo fica um horror depois. E como quase me mordeu agora há pouco, estava parecendo um leãozinho. Compreendeu ou devo desenhá-la, senhorita...?

Movi minha cabeça rapidamente enquanto ele falava e isso pareceu não impedir que ele encerrasse sua fala da mesma forma calma que a começara e ainda aproveitando para questionar-me no final. Deslizei-me pela cama e enfim fiquei de pé, cruzando os braços sob meu busto. Era uma posição defensiva, mas as palavras, novamente afiadas, que saíram de minha boca eram nada menos que ofensivas:

- Já podemos parar de brincadeirinhas sobre meu cabelo e temperamento e pode me explicar o que você quer comigo, me raptando e me trazendo pra esse lugar?!

Em reação as minhas palavras, o rapaz exibiu um sorriso sombrio e aproximou-se de mim. Em reação instantanea, retardei meus passos até sentir a parede em minhas costas, impedindo-me de fugir dele. Já bem próximo de mim, apoiou a mão direita na parede, ao lado de minha cabeça, e direcionou a garrafa de água, vazia, até sua boca forçando uma última gota a cair em sua língua, a qual deslizou vagarosamente por seu lábio inferior, como se tentasse sentir meu gosto de tal maneira. Após a encenação, jogou a garrafa no chão e dirigiu a mão de forma estranhamente rude até minha garganta, apenas ameçando enforcar-me - ainda naquela posição, pude confirmar mais uma vez que não fora a mão dele que me calara anteriormente. De forma irônica, ele apenas me questionou, enquanto me perfurava com os olhos profundos

- E o que você sugere que eu faça com você ... 'leãozinho'? (...)" - Instinto: as sensações de uma solidão acompanhada.

Um comentário:

Hamano Emi disse...

Anhyaaaaaaaa...amorinhaaaaaaaaa...
*ficou parecido com o q agente estava conversando ontem...¬¬'...* mas não importa fico mto bom...^^...*não me bata mas essa personalidade despojada ta a cara do Ikuto...não consegui imaginar ninguem ali q não fosse ele...(Ù///////Ú)...*...mas ta maraaaaaaaaaaaa...*u*...

bjokasss..( ` 3´)~~S2