quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Não tive muito tempo para tentar descobrir quem era o dono da mão que me calara de forma tão rude. O cheiro que a mão do estranho exalava bem próximo do meu nariz fizera meu corpo amolecer e em questão de poucos segundos nada mais parecia importar. Fiquei inconsciente.
Fora como se tivesse dormido por - mais - algumas horas quando finalmente acordei levando a mão direita à fronte. Não havia notado a superfície macia sobre a qual estava, entretanto, mesmo após tê-la percebido, minha preocupação fora direcionada a minha própria mão em minha face. Afasteia-se como se fosse algo sujo ou asqueroso no momento em que a imagem dela suja de sangue - um sangue que não era o meu - viera à minha mente. Pisquei uma, duas, três vezes enquanto mirava minha mão então limpa à minha frente. Fora um sonho? Eu realmente estivera dormindo todo esse tempo todo e agora estava em minha própria cama fitando minha mão com uma cara de idiota? Não era minha cama, muito menos meu quarto ou minha casa. A cama sobre a qual eu estava agora sentada, era um móvel tão antigo quanto elegante e a colcha vermelha que sobria esta parecia dar um charme a mais ao quarto visivelmente obscurecido. Meus orbes castanhos voaram por todo o pequeno cômodo, procurando algo que o fosse familiar, mas era inútil. O cubículo, que podia certamente ter apenas um pouco mais que três metros quadrados não possía mais nenhum móvel além da cama na qual eu estava. Nem mesmo uma cadeira ou um móvel com uma tv. O que era aquilo? Um cativeiro? Seria realmente cômico ter sido sequestrada. Ri comigo mesma imaginando o que alguém poderia querer para me libertara, uma vez que não tinha nada de muito valor. Provavelmente haviam sequestrado a menina errada - ser confundida com a filha do presidente ou alguém importante era algo bom, não? Uma baixa, gutural e exasperada risada soou por entre meus lábios quando uma voz  - de forma estranhemente gentil - me questionou sanidade:
- Alguma coisa errada?
Meus olhos de imediato se moveram em direção ao canto mais escuro do pequeno quarto, o qual eu nem sequer havia dado atenção anteriormente em minha vaga descrição. Pisquei os olhos e os semicerrei na esperança de enxergar melhor a feição da pessoa que ali estava sentada. O homem, como  se me fizesse um favor, levantou-se e andou, ficando há apenas alguns passos de mim sobre a cama, olhando-me com um sorriso sádico em seus lábios. Era bonito, mas isso apenas me importaria se também não tivesse reparado a beleza prateada da faca em sua mão ou o sangue na beirada de sua blusa branca. (...) " - Instinto:  as sensações de uma solidão acompanhada.




Eu escrevo, rudemente, quando tenho inspiração. Aos poucos apreciadores, apenas um obrigada!
[]'s

3 comentários:

Hamano Emi disse...

Amorinhaaaa...eu ameiiii...*u*....tão profundo e com um palavreado maravilhoso...^^...imagino quem vc vai inventar para ser o belo sequestrador dessa história...^^
...continue sim?!...Esta devidamente misterioso e perfeito... ^^...

bjokasss... ( ` 3´)~~S2

Dinossaura-chan disse...

eu acho que a srta deve escrever um livro e publicar! :*

adorei

Álvaro Dyogo disse...

gostei do post! linkada la...
a propósito, obrigado pela visita! xD
bj!