Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves...
Quem nunca teve um amigo de infância - ou melhor, AQUELE amigo de infância!- com quem trocou confidências durante toda a adolescência? Aquela pessoa com quem você passava praticamente todo o dia rindo, chorando ou até mesmo brigando por coisas pequenas e superficiais em demasia? E... quem nunca fez promessas do tipo "Amigos para sempre" e hoje em dia vê que esse tipo de coisa é bem difícil de se prometer?
Quem...? Eu!
A minha vida inteira morei na mesma rua. Rua São Geraldo, em Além Paraíba. Um dos melhores bairros da cidade e super bem localizado também, diga-se de passagem. Era uma rua muito calma a princípio, e só fui entender o porquê disso quando me dei conta de que a maioria das pessoas que moravam ali eram de idade, tirando algumas crianças. Entre elas: José Carlos, Julia, Thiago, Naty e eu.
Éramos tipo... Balão Mágico ou Chiquititas! -NN ~dkoaspkdasod
Okay.. não era bem isso. Éramos o típico grupinho de amigos, tipo "Os batutinhas" e a gente corria o dia inteiro na rua brincando, andando de patins, patinete, bicicleta... Andando, correndo, rindo, cantando tudo que vocês possam imaginar. E... era muito bom. Ainda é, mesmo em memória.
Ah, a Naty sempre foi minha melhor amiga. Sempre mesmo! E, hoje, vendo fotos dela no orkut, depois de tantos anos sem realmente sentar para conversar, rir e afins... hoje, me bateu um aperto tão grande no peito, porque mesmo prometendo que seríamos amigas para sempre - e somos! -, ela não está aqui do meu lado. Eu sei, ela tem a vida dela lá no RJ agora e eu tenho a minha - ou gostaria de ter - em Juiz de Fora, mas já ouviram falar de saudade? Saudade das nossas tardes de malandragem, ou quando ficávamos cantando Rouge e Sandy e Junior no meu quarto ou.. antagonicamente, Iron Maiden, Guns e Nirvana. Até as broncas que levávamos de nossos pais por "n" motivos eram boas. Nunca fomos bem comportadas, admito! E eu a vi ganhar sua cachorra, a Sanny e ela me viu ganhar a Lolla, a coisa mais importante da minha vida. E eu lembro que ela foi comigo buscar a Lolla e eu fiquei morrendo de ciumes porque foi ela quem segurou a Lolla no colo durante todo o caminho até a veterinária. E a cachorrinha (que era mais orelha do que tudo, a propósito), fez xixi no colo da Naty porque ficou com medo de tomar sua primeira vacina. Nossa, como eu ri naquele dia. Como eu sempre ria com a Naty! E... a gente já passou tantos momentos bons e ruins juntas... já choramos tanto uma com a outra e ao mesmo tempo nos consolamos... Quantas desilusões vivenciamos juntas? Nossa, muitas! E era tão bom ter uma amiga que morava em frente a minha casa e sempre estava ali para me ajudar. Era ótimo, na realidade.
E então ela mudou de casa e eu mudei para Juiz de Fora. Até 2007 eu ainda ligava pra ela daqui mesmo, de Juiz de Fora... e hoje, será que é legal eu falar que nem o telefone dela eu tenho mais? É legal falar que só trocamos alguns poucos scraps no orkut?
Eu não sinto orgulho de nada disso, mas sinto orgulho em dizer que meu sentimento nunca mudou. Ainda amo minha amiga de infância da mesma forma que sempre amei. Com todas as diferenças, com todas as similaridades... com todo o amor que eu posso depositar nela como ela sempre fez comigo.
Porque... "Eu tenho um amigo em todos os momentos fiel a mim. Ser maravilhoso de brilho celeste e amor sem fim. Esse amigo fiel tem o nome mais doce que o mel! Esse amor de amigo perfeito não posso descrever, posso sentir!"... Você se lembra, Naty? Eu me lembro... meu coração se lembra e sempre vai lembrar de minha primeira amiga. Afinal... nossa amizade, literalmente, nasceu no berço!
Te amo muito, amiga. Muito, mesmo longe. E... só nossas nossas vidas de adultas deixarem, ainda sentaremos para tomar um chá (ou uma cerveja de preferência) e vamos demorar horas e mais horas fofocando um pouco. É uma promessa.
Beijos dessa blogueira que, por algum motivo sobrenatural, está inspirada, sensível e voltando à ativa.
"E se Deus deixar, ainda descobrirei a diferença entre 'mim' e 'eu'. "
Nenhum comentário:
Postar um comentário