sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais uma vez posso sentir a melhor parte de mim.

"Imagine... imagine... Imagine tudo que podemos ser. Todos os lugares que podemos ir no lindo mundo da imaginação!"



Os olhos da minha ex-professora de português são os mais bonitos. O sorriso do meu ex-professor de genética é o mais sincero. O aceno do meu ex-professor de física, mesmo bruto, é o mais descontraído. O abraço da minha ex-diretora é o mais aconchegante. O ambiente da minha ex-escola é onde eu sempre gostaria de estar e continuar; é o mais acolhedor. 
Sei que já fazem 3 anos desde que me formei e me mudei de cidade para então seguir com a faculdade. Sei também, que - ignorando o post anterior, por favor -, estou no curso que eu quero, na instituição que eu quero e não tenho porque reclamar disso tudo. Mas... então eu não deveria sentir saudade de minha rotina antiga na minha cidade antiga. Certo? Errado. Um dia me disseram que sentir saudades de algo ou alguém, significa que aquilo, ou aquela pessoa, foi importante para você e lhe faz falta. Alguém, salvo algumas exceções, sente realmente falta de coisas ruins? Pois então, descobri que a saudade é algo muito bom quando bem aproveitado. E isso não é difícil de fazer!

Ontem, quando cheguei de viagem aqui, na minha antiga cidade, para passar o final de semana com meus pais, desci na rodoviária e esta fica localizada bem ao lado da minha escola antiga, a CNEC, onde passei mais de 11 anos da minha vida. Sim, é muito tempo. Muito tempo para ser esquecido ou menosprezado. Muito tempo para não sentir saudades. E, principalmente, muito tempo para falar que foi tempo demais - e poderia ter sido mais!  [...] Da rodoviária fui direto para a minha ex-ecolha dar uma olhada, matar saudades, recordar... juro que se pudesse, eu ficaria sentada no pátio ouvindo música enquanto simplesmente viajava com minhas lembranças... mas... algo me diz, que a imagem de autista, rebelde e afins que sempre passei às pessoas só iria se aumentar se eu fizesse isso. E, eu não preciso disso. Bom, pelo menos não na escola. É engraçado como lá eu sou vista como uma pessoa brilhante, inteligente, participativa... e até mesmo fui convidada para dar uma palestra sobre meu curso, dando ênfase - de acordo com meu ex-diretor -, à toda a minha estada na escola... Tipo "oi, eu fiz de tudo - teatro, músical, fanfarra, banda, natação, festival de poesias, palestras, homenagens -... tudo mesmo e estou aqui, formada 'com honras' no Ensino Médio e em uma faculdade". Imagine só se eu sou louca ao ponto de perder essa postura a qual me colocaram? Não não, obrigada! Além do mais... nada disso é mentira. 

Depois de matar um pouco - bem pouco - a saudade, fui pra casa à pé, fazendo o mesmo percurso que sempre fiz quando ia e voltava da escola. No mesmo Sol latente sobre minha cabeça e com um peso nas costas. O engraçado é que nem foi tão ruim assim. Tirando os olhares chatos para o meu cabelo roxo - é, cidade pequena, alooou? -, eu gostei. Gostei muito.

Bom... o caso é... Eu não sei exatamente porque estou dizendo essas coisas, mas acho que quanto mais eu falo sobre minhas saudade, mais domada ela fica - ou mais latente, depende do meu endométrio. REFLITA! -Q . -rs

E... por mais que alguma vez isso faça doer, eu não deixo de ter dúvidas de que vale à pena. Vale muito à pena mesmo!
 
"Seria mais fácil fazer como tudo mundo faz: o caminho mais curto...", esse é o meu lema de todo começo do ano. Essa.... simples frase. Okay, estou fazendo. Tentando... Não sei! Mas o que é exatamente é "fazer como todo mundo faz"? Se for deixar as raízes de lado e não ter momentos de fraqueza, sinto muito, não vou fazer como todo mundo faz, ou como vejo todo mundo fazendo.

Foi meio que um post de desabafo, mas... só assim pra melhorar, certo? :3 ~ 
Ah, na foto à direita, nosso último dia na escola. A despedida >_<#

Beijo pra quem tem paciência de ler e comentar.

Jukebox:
~CW7_Perdida na vida
~Green Day_Jesus of suburbia
~Onze:20_Canção para nós dois (versão nova!)

=* ~

" E um dia Deus vai me mostrar a diferença entre 'mim' e 'eu'."

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