sábado, 10 de setembro de 2011

Ah... Coisas do coração!

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão;
um dia me disseram que os ventos às vezes eram a direção.
E tudo ficou tão claro... Um intervalo na escuridão
Como uma estrela de um brilho raro.




É uma dissertação sobre escolha. Essa "sombra" que insiste em se instalar no nosso coração. "Ah... Coisas do coração", já dizia Raul. "Cada um de nós é o resultado da união e duas mãos unidas em uma mesma oração". Quando paro para pensar sobre, sempre me lembro de uma das hashtags mais famosas do twitter: #escolhiesperar (variações para #decidiesperar). Familiar? Bastante, aliás.

Em horas assim, tudo que consigo pensar é sobre sentimentos; o amor, em um geral bem geral. Convenhamos, seja você quem for - o tipo de pessoa que for - o maior dilema da sua vida é e sempre será o amor; o romance! Esse romance que nos coloca em apuros, seja você "conservador" ou daqueles que diz não querer se apegar. Amigo, tenho uma má notícia para você: enquanto afirmam que garotas com problemas paternos são sempre mais liberais, eu afirmo que garotos que não querem se apegar são sempre os mais carentes. Pra que todo esse medo de ser feliz, gente? Desculpa, mas os números não mentem. :(

Brincadeiras à parte, acho delicioso falar sobre escolhas; impulsionadas ou não, são ainda sim nossas decisões, e tudo que é meu me interessa e muito. Uma das decisões mais importantes da minha vida foi optar por um romance. #escolhiesperar
o romance, entende? Mesmo que em apuros, o romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida. Mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas.

Isso é normal. Principalmente porque o romance faz parte de nossas vidas querendo ou não. Afinal de contas, a relação "eu pessoa" com o "amor próprio", nada mais é que um romance, savy
? Já pensou em acordar um dia desses, abrir a janela, vislumbrar um céu azul, respirar fundo, agradecer por mais um dia de vida então e se perguntar "Como está o meu romance?". O meu está planando e procurando ventos novos para jamais colocar os pés no chão novamente. E o seu?

Sorria, pois o dia está apenas começando (ao menos para mim, esse sábado delicioso), enquanto procura correr atrás da sua felicidade; do seu romance! #euescolhiesperar, entretanto oração não é nada sem ação. Tenha força! Tenha fé em Deus!

"O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance."

terça-feira, 12 de julho de 2011




Nunca diga não pra mim... Eu não vou poder trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim. Seja sempre assim! Entre o não e o sim, só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim. Nunca se esconda assim, eu não vou saber te falar, te explicar que eu também me assusto muito... Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais que pensam demais? Logo mais, vou correr atrás de ti...


O olhar obstinado do rapaz fitava a deusa com nada menos que adoração, devoção... Sua paixão ia além da racionalidade; seu amor era imensurável, intocável. Aquelas não foram as primeiras palavras que dirigira a tal figura. Aquelas palavras, ainda que profundas, eram talvez rotineiras; diárias.
A moça, como de praxe, sorriu o mais encantador sorriso que alguém em toda a Terra já vira. A mão esquerda se estendera em direção à face do garoto e tocou-lhe com um toque de pluma. A voz de Sasha não veio ao ar para que Tenma pudesse compreender sua resposta. A resposta ia além de suas palavras; estava em seu cosmo, em seu sorriso, em seu olhar... Sua resposta estava no farfalhar das folhas no topo da árvore sob a qual estiveram sentados por toda à tarde. 

O amor de Athena por seu cavaleiro não precisava de palavras para ser descrito.

terça-feira, 5 de julho de 2011



"Ciúmes nem sempre é falta de confiança. Na maioria das vezes é apenas medo de perder." Somente descobri isso no final; bem no final. Essa palavra me angustia um pouco. Não gosto de imaginar um final, literalmente, nem nada parecido com isso. Nunca fui boa com desapego; "o que eu tenho é o que eu sou", certo? (...)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

São Paulo me cheira a Revanche!
Me cheira a “Você pegou o que eu mais queria e guardou dentro de uma caixa vazia”. Eu sei, não é nada muito familiar ou óbvio. Mas para mim, São Paulo cheira a Revanche! Cheira a Revanche, a estrelas, a sabedoria... Cheira até mesmo a Porto Alegre, sabe? “Faz frio em Porto Alegre toda noite e de longe eu não posso te ver..”
Já Porto Alegre tem gosto de avião! Vá entender...!

É uma forma estranha de ver as coisas, entretanto, é a forma como eu vejo.
Sempre me apeguei a pequenos detalhes e são esses que me lembram ou indicam os lugares onde já estive. São Paulo cheira a Revanche, Juiz de Fora, a galhos de árvores arbustivas; São João Del Rei tem cheiro de hambúrguer de microondas. As praias também não são iguais... Iriri é simbolizada por pedras; Guarapari, por sorvete de cereja e Nessa. Rio Janeiro = esgoto (nada pessoal, mas me lembra). Três Rios me lembra skate e Além Paraíba? Ah... Além Paraíba tem gosto de pizza fria com vodka quente. É eu sei... Doentio!

As pessoas também são simbolizadas pra mim por gosto, cheiro e até mesmo objetos, mas acho que exemplificar seria um tanto quanto grosseiro e eu não quero machucar (mais) o coração dos meus queridos amiguinhos. Hehe. A minha mãe me lembra mamão (ou horários na internet, vocês decidem); meu pai tem cheiro de beijo na testa. Já a minha irmã me lembra Rexona de bambu e meu irmão à desinfetante bucal. A Lolla é a mais complexa de todas. Ela me lembra lagartixas, tem cheiro de conforto e quando penso em algo aconchegante é o “abraço” dela que me vem em mente. Eu sei, eu sei... Favoritismo detected, haha!

Mas sabe, eu nunca parei para pensar o que me lembra mim mesma. Talvez tudo isso que eu disse; talvez nada disso me lembre a minha própria pessoa. Será que isso significa que sou altruísta demais ou que se lembrar das pessoas que eu amo já basta para que eu não precise lembrar-me da minha própria vida? Pergunta retórica, fikdik.


Talvez eu seja de mentira. Isso, vocês decidem. Ou não.


Feliz 2011 atrasado, leitores invisíveis.   <3

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre a nostalgia (ou algo teoricamente rude como)



Tenho cambaleado por entre os corredores do meu apartamento de forma que minhas mãos sempre se arrastam nas brancas paredes existentes ao longo deste. É teoricamente uma forma de absorver dali todas as lembranças que um dia pensei em esquecer. Efeito da nostalgia. Há um quarto, entretanto, que permanece trancado diante de mim e eu ainda não consigo entender se, metaforicamente falando, isso é algum tipo de pesaroso aviso dizendo "afaste-se dessas lembranças, elas não valem a pena".

PROTESTO! Minhas lembranças são tão minhas quanto as paredes marcadas da minha casa e a ligação disso com a forma como vivo cada dia é assustadoramente forte. Agora, me diga o que posso fazer sozinha com lembranças que na realidade são apenas dores abandonadas que deram lugar para outras mais recentes (mais importantes?). A qualidade de cada dor, lembrança, bichinho de pelúcia, passeio pelo parque e filme de madrugada não deveria ser avaliada de forma tão frígida assim; nem cronologicamente.

Sinto que mesmo sem perceber me foragi para um antro de lembranças infantis, amadoras, amáveis e amantes. Me foragi para dentro de um passado não tão distante que, no final de todo esse processo meticuloso de analizar as lembranças, não me servirá de nada. Já dizia Lucas: "O PASSADO É INSIGNIFICANTE". A forma veemente como discordo é assustadora até mesmo pra mim.

"É muito difícil medir o tamanho do nosso pulo antes de encontrar a poça d’água. E a gente, não importa o tamanho da galocha, acaba sempre fugindo desses obstáculos, por medo de quê? De molhar a barra da calça? Mas por que é que nós, ao mesmo tempo em que fugimos do que não nos fere, acabamos nos jogando, despidos de qualquer armadura, aos leões? A resposta muda de tempos em tempos na minha cabeça. O que penso hoje e aqui escrevo é que, por mais que a gente negue, a gente tem umas poucas certezas. A gente TEM QUE TER essas certezas. Poucas e importantes certezas."

Eu tenho as minhas, e você?
Se eu tiver medo do meu passado, quem dirá do futuro desconhecido?

"A dor no peito daqueles que tiveram medo é infinitamente maior que a dor de quem tentou e caiu."

Memórias não somem assim.
Enfim...

Escreverei mais; um dia.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Até parece que você já tinha o meu manual de instruções."
É, só parece, porque o mesmo segue em anexo, semduv.

"Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso; não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer e sofra antes de mim para reconhecer-me um porto; um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras; elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem; gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado. Você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia e escolha seus próprios livros; releia-os! Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida; não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes. Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca … Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia… Isso a gente vê depois … se calhar. Deixa eu dirigir o seu carro que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto! Olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos; me faça massagem nas costas. Não fume! Beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! 

Se nada disso funcionar, experimente me amar!"

sábado, 27 de novembro de 2010



RELAÇÃO; substantivo feminino 
 Conexão entre dois objetos, fenômenos ou quantidades,
 tal que a modificação de um deles importa na modificação do outro.
 Ligação íntima de coisas ou pessoas .


O ser humano é o animal mais adaptável de todo a biosfera. Colocando-se como um dos muitos motivos responsáveis por tal definição, o ser humano também é taxado como um "animal social". Logo, está explicitamente determinado que este está sempre em contato com os da sua espécie e ainda sim envolvido em relações interespecíficas.
 O ser humano é um destruidor!


Não sei ao certo de onde me veio tal frustração acerca das relação humanas. Porém, ela existe. Imagino que o pior defeito da espécie humana seja o acreditar que algo realmente lhe pertença. Seja um beijo ou um queijo; seja até mesmo sua própria vida ou as pessoas que dela fazem parte. O maior erro do ser humano é acreditar que pode mandar, exigir e mudar tudo a seu prazer. E por que não, né?

No final tudo se perde. 

É, tudo se perde... 

Assim como essa ideia se perdeu antes mesmo de ser concluída.


[...]